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Você quer entrevistar?

Hoje às 20h via Facebook e Twitter os internautas  poderão entrevistar Ronaldo. As perguntas serão enviadas pelo Twitter @ClaroRonaldo e respondidas por vídeo no Facebook. Isso faz lembrar como a internet ampliou significativamente as possibilidades de interatividade, onde a mediação de um jornalista ou dos grandes veículos de informação nem sempre é imprescindível.

Esse fenômeno se dá primeiro através dos blogs, onde cada um conta a sua versão da história e depois das outras mídias. Quem não se lembra das terríveis chuvas de 2009 em Salvador quando se estava mais bem informado do estado do trânsito pelo Twitter do que pelo rádio? Ou dos casos de pessoas que denuciam horrores de guerras ou de Estados através de seus blogs?

A jornalista cubana Yoani Sánchez ganhou um prêmio de jornalismo digital em 2009 ao fazer denúncias contra o governo do seu país. Diante de tantas ferramentas no mundo virtual, hoje as pessoas já se sentem tão livres, ao verem um acidente, sem titubear, sacam um celular do bolso e mandam as imagens para a TV, postam no Youtube e nas suas mídias sociais. Estamos na era do chamado jornalismo cidadão.

Aproveite a oportunidade de irradiar informação e vá em frente, entreviste Ronaldo. Em outras ocasiões, relate as histórias e os problemas do seu bairro, faça um vídeo e  mostre seu ponto de vista da realidade.

Number 5 Magazine

A postagem hoje é para apresentar a Number 5 Magazine, que explora o formato da “revista digital”. É fato que muitas revistas impressas possuem sites com informações, mas não é isso que a Number 5 propõe. Ela nem sequer existe em versão impressa – e nem poderia. Ela apenas se utiliza desse formato para criar algo novo, utilizando diferentes softwares de design (o recurso de Flash, por exemplo, é largamente empregado) e ampliando as potencialidades do jornalismo online.

Com um design bastante inovador e fluido, é difícil não se empolgar com a revista. Basta um clique para que imagens se ampliem, mudem de lugar e novas informações, audiovisuais ou não, brotem na página da revista. Você pode participar de enquetes, assistir a vídeos de entrevistas e ser transferido para um outro local na web com um único clique. Às vezes é difícil se acostumar com esse formato tão fluido (e às vezes tão poluído, como na imagem acima), mas a experiência é bastante interessante.

Por um outro lado, a revista também pode ser bastante engessada. Utilizando tantas ferramentas para criar e explorar o seu design, além de ter que criar vídeos com entrevistas e outras matérias, a revista não tem atualizações regulares e muito freqüentes. Pelo contrário, desde maio do ano passado, quando foi criada, a revista só teve 5 edições. Cada uma delas com uma personalidade estampada na capa, em geral um atleta, já que a revista se propõe a discutir três temas: esporte, personalidade e estilo. Ela é recheada, então, de informações sobre atletas famosos (muitos deles jogadores de futebol brasileiros, como Robinho) e moda masculina, mas também com personalidades marcantes de outros meios, como o rapper 50 Cent. Vale citar que a revista conta com editorias sobre música e cinema também, embora este não seja o seu foco principal.

O interessante de uma revista como a Number 5 é que, apesar do formato inovador, as empresas têm apostado nela. O resultado pode ser visto nas publicidades da revista, que se valem do uso do som e do vídeo para divulgar marcas que têm relação com o público-alvo da revista: o homem moderno, que se preocupa com a sua aparência e tem dinheiro. É curioso perceber que a última edição da revista possui até uma propaganda de um carro de luxo, o Jaguar XKR, o que denuncia facilmente o nível econômico do público-alvo da revista.

A Number 5 Magazine é eternamente gratuita – como ela mesma afirma – e sua última edição pode ser conferida aqui.

Jornalismo em 140 caracteres

O Twitter é uma ferramenta que revolucionou o meio virtual. É possível dizer o que se está fazendo até postar notícias sobre o que ocorre num momento em determinado lugar. Esse negócio de praticar o jornalismo via Twitter virou tendência. Qualquer um pode propagar informações e dá sua opinião. Mas a união do jornalismo com esse reino de 140 caracteres tem seus pros e contras. Vejamos quais são:

Pros

* Instantaneidade, “tempo real”;

* Potencial para crescer audiências;

* Muitas vozes e perspectivas diferentes;

* O uso em todo o mundo;

* Dica de serviço;

* Os relatos de testemunhas;

* Livre para uso;

* Informações sem edição, sem filtros;

* Democratiza a notícia;

* Links para mais informações.

Contras

* Verificação de problemas;

* Limitar 140 caracteres de cada vez;

* Não é onipresente (populações de países pobres não têm muito acesso);

* Os rumores, desinformação, especialmente durante as últimas notícias;

* Censura Governo;

* Os meios de propaganda;

* Falta de análise, um significado mais profundo;

* Presença de spam, ataques de worms;

* Questões de prestação de contas, as intenções;

* Posseiros e contas falsas.

O repórter a americano John Dickerson afirmou certa vez que “Para muitos jornalistas e guardiões da profissão, a ideia de que algum jornalista possa voluntariamente adotar um espaço mais curto é horripilante e burra”. Porém, ele também elogia, o “Twitter não ameaça as tradições do nosso trabalho. Ele acrescenta, em vez de subtrair, ao que nós fazemos”. Por isso, cabe aos pseudojornalistas ou profissionais saberem utilizar essa rica ferramenta e aos usuários, principalmente, muito cuidado no que vai aproveitar e quem seguir.

 

Leia original de Craig Kanalley num link do blog Twitter Jornalism: Twitter Journalism » 10 Pros And 10 Cons Of Twitter For Journalists.

Httpauta com informações também do blog Século 2.1

4º seminário Internacional de Jornalismo Online

Entre os dias 09 a 1 1  de novembro,  São Paulo sediará o 4° Seminário Internacional de Jornalismo online, realizado por uma parceria entre o Terra e Itaú Cultural.  A edição desse ano conta com nomes como Aron Pilhofer, editor de notícias interativas do jornal the New York Times, Matthew Eltringham é um dos principais experts em mídias sociais da BBC News, Marcelo Branco, coordenador de estratégia nas redes sociais da campanha Presidencial de Dilma Rousseff, entre outros.

As discussões terão como tema “Os novos caminhos do jornalismo: o que a audiência quer consumir e como?”  e além dos debates trará um painel  que mostrará ao vivo como os consumidores vem se apoderando das novas mídias.

Destaca-se também o tema “Eleições 2010 e a internet – Um balanço dos resultados” que contará com grandes nomes do marketing político brasileiro, reunindo os coordenadores de internet dos principais candidatos a presidência para mostrar estratégias e resultados da primeira eleição sob o efeito “intenso” das redes sociais.

Os debates serão transmitidos pelo site do evento.

O jornalista pode reponder às críticas dos leitores em redes sociais?

Na semana passada, o jornal Washington Post enviou um comunicado aos jornalistas pedindo que eles não respondam a críticas destinadas ao jornal por meio do Twitter. A advertência, que dá espaço a questionamentos,  foi feita depois que um grupo de ativismo gay fez uma reclamação contra um artigo do norte-americano Washington Post por meio do microblog.

De acordo com o comunicado, entrar em discussões por meio de redes sociais é “o equivalente a permitir que um leitor escreva uma carta para o editor e depois publicar uma réplica do repórter”. “Nós não fazemos isso”, determinou a diretoria do jornal.

“Talvez seja melhor pensar a questão desta maneira: quando se escreve uma história, os nossos leitores são livres para responder e oferecemos um espaço para que eles façam isso”, sublinhou o comunicado.

Segundo o jornal, pelo fato da crítica não ser direcionada a um jornalista específico, e sim a marca Washington Post, eles devem resguardar suas respostas e, eventualmente, se manifestar por meio de suas contas pessoais.

(Informações do Portal Imprensa com informações do Blue Bus citando o jornal britânico The Guardian.)

A partir do fato é possível questionar: Diante das novas formas de interação entre internautas e jornalistas ainda cabe a justificativa do comunicado emitido pelo Washington Post? Na maioria das vezes, quem se manifesta através de redes sociais espera uma resposta imediata, como ocorreria caso destinasse a mensagem para um amigo. Por outro lado, como controlar as respostas dadas por profissionais de maneira imediata e, portanto, com análise (talvez) insuficiente? Elas podem abalar a credibilidade do jornal.

Esses e outros questionamentos surgirão cada vez mais, já que estamos em  um período de transformação e adequação do jornalismo ao mundo virtual.

Canal de notícias chinês lança aplicativo para transmissão pelo iPad

A emissora chinesa de TV CNC (China Xinhua News Network Corporation), criada pela agência oficial Xinhua para veicular noticiário internacional, passará a oferecer um serviço de transmissão 24 horas pelo iPad. A plataforma desenvolvida para o tablet da Apple exibirá em alta definição os programas do canal em mandarim e em outros idiomas.

Segundo informações da agência EFE, o canal nacional da China já havia anunciado um serviço semelhante para iPhone. O aplicativo para iPad foi disponibilizado gratuitamente nas lojas da Apple.

O CNC foi criado para dar uma visão “chinesa” sobre os acontecimentos internacionais, em oposição ao ponto de vista ocidental das mesmas notícias. A emissora começou suas transmissões em mandarim no dia 1º de janeiro deste ano, e seis meses depois lançou os noticiários em inglês.

A Xinhua também prepara o lançamento de programas de seu canal de notícias em português, espanhol, francês, árabe, japonês e russo, e aproveitará suas 130 delegações e escritórios ao redor do mundo para obter as notícias. Além disso, a agência pretende transmitir a programação da CNC na Ásia, Europa, América do Norte e África via satélite, cabo, Internet e dispositivos móveis.

Essa iniciativa mostra o processo de convergência das mídias e a preocupação das emissoras de TV em ter o noticiário transmitido em plataformas digitais móveis. O jornalismo televisivo, que já pode ser visto através de celulares, agora começa a chegar a outras plataformas. As informações são do Portal Imprensa.

Palestra com diretor do El Pais.com discute era digital e oportunidade para o jornalismo

” Internet, redes sociais, mobilidade, tecnologia… a grande oportunidade do jornalismo”. Este é o título da palestra que será ministrada por Gumersindo Lafuente, diretor de El Pais.com, na próxima quarta-feira (13), no Auditório do Instituto Cervantes, na Ladeira da Barra, em Salvador.

A proposta é que Lafuente apresente sua visão a respeito dos desafios, incertezas e oportunidades da era digital. O evento começa às 19h e a entrada é gratuita.

Para os que se interessam pelo tema, sobretudo estudantes de jornalismo, jornalistas e comunicólogos em geral, é uma oportunidade de conhecer o trabalho e a opinião de um profissional que trabalha em um dos mais renomados jornais do mundo.

Porém, este assunto tem sido discutido em outras situações. É material de estudo para diversos profissionais da atualidade, entre eles, Fernando Firmino da Silva, doutorando da linha de Cibercultura pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia. Uma de suas pesquisas diz respeito ao trabalho de jornalistas do jornal Extra, do Rio de Janeiro. Dentre as observações – apresentadas em uma das aulas de Comunicação e tecnologia da mesma universidade – o uso de dispositíveis móveis, como o celular nokia, na apuração e finalização de matérias do jornal. Para ele, mobilidade e jornalismo já é uma realidade.

Decisão judicial tira site do ar e novos blogs surgem

Depois que o site “Falha de São Paulo” – criado para criticar o jornal com humor, segundo os idealizadores – foi retirado do ar, por decisão judicial, dois novos blogs surgiram com o mesmo nome só nesta terça feira (5). De acordo com a advogada responsável pela assessoria jurídica do grupo Folha da Manhã, ao qual pertence o jornal, a ação questiona a semelhança entre os nomes e não o site em si.

De qualquer maneira, esta situação suscita a discussão a respeito do controle sobre o que circula na Internet, como o que a Lei Azeredo propõe, e ainda provoca alguns questionamentos: A ação da Folha de São Paulo tem caráter de censura ou apenas quer defender o “nome” da empresa? Será que a retirada do site não ativará ainda mais as críticas ao jornal? Lino Bocchini, um dos responsáveis pelo blog, enquanto jornalista, agiu de forma antiética? E o jornal Folha de São Paulo, agiu eticamente? Fazer crítica com humor é jornalismo?

Para entender melhor a polêmica e pensar respostas a respeito das questões acima veja as publicações do Portal Imprensa sobre a retirada do site do ar.

Notícias pagas na web

O jornal The Boston Globe, que faz parte do grupo dono do “New York Times”, anunciou esta semana que, a partir de 2011, planeja dividir seu conteúdo em 2 sites. No atual, o boston.com, as reportagens continuarão sendo gratuitas. Já no endereço bostonglobe.com, o conteúdo estará disponível apenas para assinantes, com todo o material do jornal impresso e mais reportagens exclusivas para a web.

O diretor do Boston Globe, M. Mayer, explicou que o site do jornal já atrai dois públicos distintos: o grupo de internautas casuais e/ou ocasionais e aqueles que querem ter uma experiência de imersão nas notícias do jornal. É esse segundo grupo que o Boston Globe espera que pague pelo conteúdo mais aprofundado.

Segundo a publicaçao, a estratégia vai favorecer os anunciantes, que poderao concentrar seus esforços nos leitores casuais ou naqueles interessados em um jornalismo aprofundado.

A proposta, acompanha a dos jornais ingleses The Times e The Sunday Times, que desde junho cobram pelo acesso a seu conteúdo online.

O questionamento que se faz a respeito destes conteúdos exclusivos é sobre a sua vantagem: por que pagar se tenho uma infinidade de conteúdos livres? E a internet, em plena era do compartilhamento, seria mesmo bom ‘terreno’ para atrair pagantes da informação?

A qualidade de conteúdos e a credibilidade de quem veícula são colocadas como o grande atrativo.

A proposta, porém, é ainda acessada por poucos, já que a grande maioria – aquela que navega, compartilha e é audiência para as mídias livres – prefere filtrar seu próprio conteúdo. A referência, neste caso, fica mesmo a cargo dos sites que ocupam o topo dos buscadores da internet.

Com informações da Folha de S. Paulo

Publicado relatório sobre transição do jornalismo para plataformas digitais

Um relatório sobre o futuro do jornalismo digital no mundo foi publicado pelo Instituto Internacional da Imprensa (IPI) e pelo  Instituto Poynter . Entitulado “Brave News Worlds : Navigating theNew Media Landscape” (Admirável Jornalismo Novo: Navegando a paisagem dos meios de Comunicação) o estudo traz 42 ensaios de pensadores do jornalismo que ao invés de fazerem previsões sobre o futuro das notícias, analisa como eslas estão se modificando atualmente.  Alguns dos tópicos abordados são: O quinto poder ( as notícias dos blogs e como se relacionam com o jornalismo dos grupos de comunicação); O negócio do jornalismo e o jornalismo de negócio ; e O valor do Jornalismo cidadão.

Leia aqui.